Pelo amor de heródoto, vai estudar alguma coisa que não seja WW e Esparta, eu já entendi que você tem uma compulsão homoafetiva pela violência patriarcal, agora vai ler sobre algo que não seja um conflito entre dois povos. #psicologia #historia #psi #saudemental
Será que você aprendeu a se amar ou a violência se tornou um padrão no tratamento de você com você mesmo? #psicologia #psi #fyp #psicanálise #saudemental #trauma
Gostamos, e muito, colocar as culpas de nossas angústias no outro… É o outro que não me ouve, o outro que não me respeita, o outro que não quer, o outro que não cresce, sempre o outro. Mas e eu, por qual razão sou que sempre me encontro junto a esse outro? O outro que nunca tem o que desejo e mesmo assim é sempre eu que estou com aquele que me falta o que mais quero. Onde está a responsabilidade com meu desejo? Por vezes não nos esforçamos pois é mais fácil ser triste do que se ater a grande responsabilidade de ser feliz, ou então descobrir; será que sou capaz de me fazer feliz? Olhar para o que falta no outro é fácil, já que se torna responsabilidade dele mudar, pois no auge de meu narcisismo, eu só preciso continuar como estou, perfeitamente imperfeito. #psicologia
Alguns pensamentos sobre nosso futuro como sociedade. Já faz algum tempo que estamos passando por um longo processo de transformação de nossas relações e a verdade. Desde os ataque das torres gêmeas em 2001 e advento das redes sociais em 2012, tudo o que vínhamos solidificados em uma sociedade da verdade caminhamos para nosso atual mundo da pós verdade. O que isso significa? Que os discursos que pautamos nossa realidade subjetiva, que advém dos governos, ciência, relacionamentos, já tem suas bordas muito menos claras, precisando surgir uma verdade que me certifique de minha existência. Onde existia o social o eu adveio, uma verdade narcisicamente subjetivada, um sujeito pautado no ego e o desejo como norteador de escuta. “Se diz o que gosto de ouvir é ali que reside minha realidade”. E que Outro melhor para residir onde existo narcisicamente se não aquele ao qual posso moldar, não só isso, desliga-lo e ligá-lo a minha necessidade? Uma IA não é apenas “uma”, é “minha”. É um outro que fala, que demonstra, que ensina, que ouve, não de “uma maneira” e sim a “minha”. Finalmente se criou um Outro que não está pautado em uma subjetividade incômoda. Em uma era que a verdade não existe como uma constituição social, que existe uma extrema dificuldade em lidar com outro e sua própria verdade, nos foi dado o produto que simboliza nossa época: Alguém que parece humano, o suficientemente bem para que eu consiga projetar afeto, sem a subjetividade para ferir os egos tão frágeis ao encontro com Outro do Real. #psicologia #psi #psicanalise #saudemental
Dr. Freud, por que pessoas julgam tão severamente quem se apega a bebês reborn? Freud: O julgamento social revela mais sobre quem julga do que sobre o julgado. Muitas vezes, quem se diz “normal” só consegue sustentar essa ideia depreciando o outro. Ao ridicularizar quem se apega a um reborn, o sujeito se distancia da própria angústia. É uma defesa: projeta no outro aquilo que não suporta em si. Uma carência, um desejo não reconhecido, um medo recalcado. - O senhor acredita que essas pessoas julgam para não se verem? Freud: Exatamente. A projeção serve para proteger o ego. Ao enxergar no outro o “desvio”, reafirma-se uma normalidade idealizada. Mas essa normalidade é frágil, sustentada por repressões e convenções. Rir ou atacar quem se vincula a um objeto simbólico permite esquecer, por um momento, as próprias faltas. - E quanto à pessoa que se apega ao bebê reborn? O que a psicanálise vê nisso? Freud: Vejo ali uma tentativa simbólica de reparação. Muitas vezes, há uma perda não elaborada, uma ausência afetiva profunda. Pode ser um luto real, mas também um vazio emocional da infância. O bebê reborn funciona como substituto — nem negação pura, nem aceitação total. É uma forma de manter o vínculo com o que foi perdido. Uma resposta ao desamparo. - Então esse apego não seria uma “loucura”, mas uma forma de sobrevivência? Freud: Justamente. É um compromisso: reconhece-se que é uma boneca, mas se investe nela afeto real. Não há engano, há elaboração. Tentam dar forma à dor, sustentar uma ligação, evitar o colapso interno. A solução pode parecer estranha, mas é humana. O que incomoda não é o reborn — é ver exposta uma ferida que muitos carregam, mas escondem. - Podemos dizer que tanto o julgamento quanto o apego vêm de mecanismos parecidos? Freud: Sem dúvida. Ambos partem de mecanismos universais: recalque, projeção, desejo. A diferença é que um torna visível o que o outro tenta negar. Por isso a reação é tão intensa. No fundo, todos buscamos formas de lidar com a perda, com a falta, com o afeto interrompido. Alguns fazem isso com palavras. Outros com bonecas. O importante é não perder a capacidade de compreender. #psicologia #psi #fyp #psicanálise #saudemental #bebereborn #freud
Por muitas vezes, nos cobram… e até mesmo cobramos nos, de uma capacidade de afeto ao qual não nos foi ensinada. Ser afetuoso, aberto ao toque, a demonstração de carinho entre outras formas de amar afetuosamente, não é natural. Desde que nascemos vamos aprendendo a possibilidade que o afeto nos encaminha, se algo que alimenta ou machuca, se move ou me trava. Quando adultos já somos o que foram para nós, e não adianta querer ser algo muito além disso sem um doloroso processo de aprendizagem sobre si. #psicologia #psi #fyp #psicanálise #saudemental #trauma #infancia #terapia